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A mostrar mensagens de agosto, 2015

O que restou, daquilo que não ficou

Estava agora mesmo deitada na cama, a olhar para as quatro paredes que me envolvem, a mesma cama em que nos amámos tantas vezes, e lembrei-me de ti. Lembrei-me de quando achava que existiam relações perfeitas e que a nossa era uma delas. Lembrei-me das promessas e dos planos, que entretanto, ficaram perdidos em algum lugar. Aconteceu tanta coisa, vivemos tanto a vida um do outro que estremeço só de pensar que um dia posso não me lembrar bem dos pormenores de cada momento contigo. Não te amei no dia em que te conheci, mas fiquei a conhecer-te no primeiro dia em que te amei. No tempo em que tudo era claro, tudo era fácil e dava gosto em ser vivido. Não foi aquele amor cego que encontramos em filmes e em livros, que nos corta a respiração e nos some com o chão de baixo dos pés. Mas foi um amor que chegou com silenciador, foi entrando pela minha porta e aos poucos foi-se instalando, foi-se ambientando a tudo e eu ambientei-me a ele. Chegou tão devagar, que a meio, tinha a força de dois mu...