Gostavas de usar brincos, colares e anéis. Tinhas milhares. Uma vez disseste que quando morresses eu ia herdar as bugigangas todas. Ri-me e abracei-te “nunca vais morrer”. Eu sabia que ia chegar o dia, mas pensar nele doía. Doía no peito, na alma e no corpo todo pela fraqueza que provocava. As vezes pensar nisso enchia tanto que me fazia transbordar. Contigo transbordei tantas vezes. Apesar de tudo. Acima de tudo. Não me escolheste na última vez, mas escolheste-me a vida toda. É por isso que o meu coração agora não para de doer. Porque eu sei que sempre me escolheste. A vida quis que os nossos caminhos seguissem separados e eu julguei que lidaria bem com isso. Tenho lidado… varrer a poeira para baixo do tapete é tarefa fácil. Eu só não contava ter de o levantar tão cedo. Pensar em ti é pensar num amor incondicional, mas que me deixa triste pela forma como acabou. Cuidaste de mim a minha vida toda. Ainda ontem, se eu queria fazer a árvore de natal eras tu que estavas ali a ajudar-m...
Só faz sentido, se for expressado