Costuma-se dizer que a vida primeiro nos faz fortes, depois felizes. Sempre ouvi isso. Mas nunca tinha entendido o momento em que me fizeram forte, uma vez que sempre fui feliz. Entretanto, ele chegou. Já há algum tempo. Pontapearam-me, rasgaram-me ao meio e atiraram-me por um precipício. Quando cheguei lá abaixo e acordei, tive de piscar os olhos uma quantas vezes para ter a certeza de que estava viva. Aparentemente, ainda respirava, tinha pulsações e continuava a ter visão, embora muito distorcida da realidade. Não me perguntem como ficou a minha cabeça. Ainda hoje eu não sei dizer. Quando estava lá em baixo e olhei para cima, ouvi vozes, vi braços estendidos e senti muita energia a envolver-me. Isso deu-me força, mas também me fez perceber que para chegar ao topo eu teria de me recuperar e subir pelo meu próprio pé. Foi aí que começou a jornada da força. Fui buscá-la ao meu mais profundo ser. Fui buscá-la ao fundo do meu coração completamente despedaçado. Foquei-me na esperança...
Só faz sentido, se for expressado