Acreditam em amor à primeira vista? Eu não acreditava, nem deixava de acreditar. Nunca me tinha acontecido. Cheguei a pensar que a vida era isto, e que tinha de me resignar aquilo que tinha e não ia haver espaço para ser mais feliz. Cheguei a focar-me nisso com tanta força, que quase acreditei que não ia ser mais do que era. Ter mais do que tinha. Foi preciso chegar aos trinta anos para me forçar a pensar de outra forma. E o poder da mente, de acreditar, move montanhas. Sou de encantamento fácil, gosto de me apaixonar por aquilo que as pessoas mostram ser, por conversas intensas, por cara bonitas, por olhares profundos. Mas essencialmente, gosto de preencher espaços por inteiro, espaços que por norma estão lá mas que nunca são totalmente preenchidos. Falta sempre qualquer coisa. Mas ao chegar à “idade que muda a nossa vida” eis que chega ele. Sabem aquele choque de realidade que nos faz ver a vida a passar a frente em minutos? Foi isso. Sabem quando o dia está chato demais e só quere...
Só faz sentido, se for expressado