No dia que li esta frase, foi o momento em que entendi tudo.
Depois de toda a tempestade que passou por mim, senti finalmente que descansava sob uma cama de nuvens, cheia de conforto. Achava que era aquilo a recompensa por tudo o que já me tinha atormentado no passado e entreguei-me sem medo. Entreguei-me como quem está tão cansada que coloca as decisões nas mãos de outra pessoa e desfruta do caminho.
Depois de toda a tempestade que passou por mim, senti finalmente que descansava sob uma cama de nuvens, cheia de conforto. Achava que era aquilo a recompensa por tudo o que já me tinha atormentado no passado e entreguei-me sem medo. Entreguei-me como quem está tão cansada que coloca as decisões nas mãos de outra pessoa e desfruta do caminho.
Mas Deus tem sempre um plano maior para nós, mesmo quando não entendemos.
Vivi os melhores dias da minha vida, as melhores semanas e os melhores meses. Amei, fui amada, cuidei, fui cuidada, abracei, fui abraçada, beijei, fui beijada. Depois veio a escuridão. Fui deixada como quem fecha uma janela num dia de sol. Assim, nessa rapidez. Os sonhos, os planos, toda a vida que sonhei, puxada debaixo dos meus pés de repente e sem qualquer hipótese de recuperação.
Seguiram-se dias muito duros. Em que me questionei a mim própria, perguntei-me onde é que não fui suficiente, o que faltou, o que podia ter sido demais, ou de menos. Semanas de pensamentos que voltavam sempre ao mesmo: não dá para compreender o impossível.
Tive de habituar-me à minha nova realidade, uma vida impar, sem a metade que eu achava que me completava e sem a qual eu não existia.
Mas foi depois do medo ir embora, de parar de tentar entender tudo que a minha maneira de olhar o mundo mudou.
A parte mais bonita do nosso fim, foi o meu recomeço. Foi quando no meio da dor e da desilusão, entendi que o mundo era grande demais para eu me perder onde não havia lugar para mim.
Permiti-me a tudo. A noites em que as lágrimas não paravam de escorrer, outras em que só queria um vislumbre de uma para aliviar aquilo que me transbordava, e elas simplesmente não vinham.
Vivi os melhores dias da minha vida, as melhores semanas e os melhores meses. Amei, fui amada, cuidei, fui cuidada, abracei, fui abraçada, beijei, fui beijada. Depois veio a escuridão. Fui deixada como quem fecha uma janela num dia de sol. Assim, nessa rapidez. Os sonhos, os planos, toda a vida que sonhei, puxada debaixo dos meus pés de repente e sem qualquer hipótese de recuperação.
Seguiram-se dias muito duros. Em que me questionei a mim própria, perguntei-me onde é que não fui suficiente, o que faltou, o que podia ter sido demais, ou de menos. Semanas de pensamentos que voltavam sempre ao mesmo: não dá para compreender o impossível.
Tive de habituar-me à minha nova realidade, uma vida impar, sem a metade que eu achava que me completava e sem a qual eu não existia.
Mas foi depois do medo ir embora, de parar de tentar entender tudo que a minha maneira de olhar o mundo mudou.
A parte mais bonita do nosso fim, foi o meu recomeço. Foi quando no meio da dor e da desilusão, entendi que o mundo era grande demais para eu me perder onde não havia lugar para mim.
Permiti-me a tudo. A noites em que as lágrimas não paravam de escorrer, outras em que só queria um vislumbre de uma para aliviar aquilo que me transbordava, e elas simplesmente não vinham.
Permiti-me a olhar-me ao espelho e falar com a criança que um dia achou que não ia ser amada, e dizer-lhe que estava errada, que é amada, que tem muito valor, e pedi-lhe desculpa pelas vezes que a fiz ter medo. Abracei-a, abracei-me. Tomei banhos quentes, ouvi músicas que me despertaram mais dor ainda. Deparei-me com todos os monstros dos quais eu fugia, dei-lhes a mão e decidi que nunca mais ia fugir deles.
A vida tem esta particularidade e a dada altura coloca-nos de frente a tudo aquilo que não queríamos enfrentar. Quase que a obrigar-nos a entender o que era mais fácil deixar para trás.
Vivi dias de muita dor, aquela dor que nos dizem que vai passar, mas não entendemos como, porque não parece possível.
E foi no meio dessa dor que me encontrei. Quando chegamos ao fundo não temos outra hipótese que não seja a de nos erguermos para conseguir respirar.
De forma leve, sem pressa e corajosa fui entendendo que quem foi embora não fui eu. Eu não me abandonei, continuo comigo. Inteira e intensa, como sempre fui. Entendi que eu sou uma grande perda, e que ninguém me iria tirar do fundo se não eu. Então continuei comigo e reaprendi a sentir felicidade nas pequenas coisas, na minha própria companhia. Porque o meu relacionamento terminou, mas eu fiquei.
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