Era apenas mais um dia… mais um dia de frio onde o sol
não dava sinais de vida. Seguia o meu quotidiano, no café de sempre, aquele por
onde tu paras de vez em quando para falar a todas aquelas cabeças ocas que ali
coabitam, às vezes, fumas um cigarro ou apenas ficas ali, por ficar. Bem lá no
canto, estava eu com os phones colocados nos ouvidos, sentada e serena sem me
meter com ninguém. Despercebidamente observava tudo aquilo que em ti constava,
os ténis que calçavas, as calças, t-shirt e casaco que vestias. O novo corte ou
(falta de) cabelo que tens agora… e no mais ínfimo pormenor, a argola que tens
precisamente, na orelha esquerda.
Sem te ouvir, conseguia ler nos teus lábios cada palavra que saia da tua boca. Por mero acaso, a faixa que se seguiu nesse momento, só serviu para reforçar o estado de espírito. Se bem me recordo, chamava-se “The Reason”, conheces? Algo me diz que a letra se enquadra perfeitamente a ti e a mim. Oh, claro. Era a nossa música, como me poderia esquecer… Algo naquele momento me fez relembrar de tudo, e foi ai que o teu sorriso juntamente com a melodia fez com que os meus olhos num curto espaço de tempo, se enchessem de lágrimas, mesmo ali à tua frente e tu, nem notaste. Ou fingiste bem.
Apressadamente, levantei-me e fui para outro lugar, longe da tua vista. Ouvi o murmuro de alguém perto de mim que dizia “É incontrolável, já não consegue sossegar”. Olhei para a pessoa, dei aquilo que chamamos de sorriso amarelo e disse “Estou bem…” Enquanto a única coisa que se resumia no meu pensamento era: “Mal, mal, mal, estou completamente despedaçada, quero chegar ao pé dele, abraça-lo e dizer-lhe que o amo com todas as minhas forças”. Solucei, e sai dali de uma maneira calma e descontraída. Quando sai do seu panorama em passos longos e rápidos, de cabeça baixa, só pensava na altura em que todo este pesadelo iria acabar, e iria rir-me de toda esta situação, a vontade de chorar e mandar-me para o chão como um bebé a fazer birra, era mais forte que tudo, ainda assim, segui caminho. Mais uma vez, dei voltas e voltas, queria saber a razão de amar tanto tal pessoa que já me disse coisas que nem a pior criatura do mundo deveria ouvir. Enfim, não vejo respostas, pensei eu. Resta-me tentar esquecer e ter sempre um lenço a mão para evitar o gotejamento do sal, vindo dos meus olhos.
Passada toda aquela tortura que ocorre sempre que te vejo, porque Sim, ver-te já é mais que tortura. Olhei a minha volta, e tudo continuava em turbulência. Olhava para as pessoas que por mim passavam e parecia que ninguém me queria sorrir, parecia que o vento estava cada vez mais forte e contra mim. E é claro, isso era tudo psicológico, nada era como parecia, mas na minha cabeça tudo estava mal, aos meus olhos, nada fazia sentido – Queria-te comigo – era das poucas certezas que conseguia ter, apesar de saber que seria o meu maior erro pensar assim, mas a verdade é que pensava e deixava que me possuísses mesmo sem estares perto de mim.
Estava tudo errado, eu sabia disso, mas dei razão a alguém e pensei “está a ser incontrolável”. Felizmente, não preciso de ninguém para me fazer ver as coisas, penso por mim, responsabilizo-me pelas coisas que faço e na maior parte das vezes, perco pelas minhas atitudes, mas quando ganho, não é pelas disposições dos outros. Tudo aquilo que hoje sou, devo-o a mim, em grande parte. Mas ainda não consegui entender, talvez porque ainda me falta crescer para poder responder a perguntas que só eu encontrarei resposta… talvez seja isso. Mas gostava de entender, se tenho tanto poder sobre mim e sobre as minhas atitudes, porque é que ainda te continuo a amar, a amar e amar cada vez mais? Eu julgava que conseguia controlar o que sentia... e Bingo!
Descobri o meu erro.
És inevitável.
Sem te ouvir, conseguia ler nos teus lábios cada palavra que saia da tua boca. Por mero acaso, a faixa que se seguiu nesse momento, só serviu para reforçar o estado de espírito. Se bem me recordo, chamava-se “The Reason”, conheces? Algo me diz que a letra se enquadra perfeitamente a ti e a mim. Oh, claro. Era a nossa música, como me poderia esquecer… Algo naquele momento me fez relembrar de tudo, e foi ai que o teu sorriso juntamente com a melodia fez com que os meus olhos num curto espaço de tempo, se enchessem de lágrimas, mesmo ali à tua frente e tu, nem notaste. Ou fingiste bem.
Apressadamente, levantei-me e fui para outro lugar, longe da tua vista. Ouvi o murmuro de alguém perto de mim que dizia “É incontrolável, já não consegue sossegar”. Olhei para a pessoa, dei aquilo que chamamos de sorriso amarelo e disse “Estou bem…” Enquanto a única coisa que se resumia no meu pensamento era: “Mal, mal, mal, estou completamente despedaçada, quero chegar ao pé dele, abraça-lo e dizer-lhe que o amo com todas as minhas forças”. Solucei, e sai dali de uma maneira calma e descontraída. Quando sai do seu panorama em passos longos e rápidos, de cabeça baixa, só pensava na altura em que todo este pesadelo iria acabar, e iria rir-me de toda esta situação, a vontade de chorar e mandar-me para o chão como um bebé a fazer birra, era mais forte que tudo, ainda assim, segui caminho. Mais uma vez, dei voltas e voltas, queria saber a razão de amar tanto tal pessoa que já me disse coisas que nem a pior criatura do mundo deveria ouvir. Enfim, não vejo respostas, pensei eu. Resta-me tentar esquecer e ter sempre um lenço a mão para evitar o gotejamento do sal, vindo dos meus olhos.
Passada toda aquela tortura que ocorre sempre que te vejo, porque Sim, ver-te já é mais que tortura. Olhei a minha volta, e tudo continuava em turbulência. Olhava para as pessoas que por mim passavam e parecia que ninguém me queria sorrir, parecia que o vento estava cada vez mais forte e contra mim. E é claro, isso era tudo psicológico, nada era como parecia, mas na minha cabeça tudo estava mal, aos meus olhos, nada fazia sentido – Queria-te comigo – era das poucas certezas que conseguia ter, apesar de saber que seria o meu maior erro pensar assim, mas a verdade é que pensava e deixava que me possuísses mesmo sem estares perto de mim.
Estava tudo errado, eu sabia disso, mas dei razão a alguém e pensei “está a ser incontrolável”. Felizmente, não preciso de ninguém para me fazer ver as coisas, penso por mim, responsabilizo-me pelas coisas que faço e na maior parte das vezes, perco pelas minhas atitudes, mas quando ganho, não é pelas disposições dos outros. Tudo aquilo que hoje sou, devo-o a mim, em grande parte. Mas ainda não consegui entender, talvez porque ainda me falta crescer para poder responder a perguntas que só eu encontrarei resposta… talvez seja isso. Mas gostava de entender, se tenho tanto poder sobre mim e sobre as minhas atitudes, porque é que ainda te continuo a amar, a amar e amar cada vez mais? Eu julgava que conseguia controlar o que sentia... e Bingo!
Descobri o meu erro.
És inevitável.
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