Já me tinham dito isto algumas vezes, mas eu nunca
tinha prestado muita atenção. Aliás, eu achava mesmo que as coisas boas deviam
ser mencionadas em alto e bom som, confesso que via alguma piada em ouvir
louvores do tipo: “Que sorte” (…) “Quem me dera”…
Mas sinceramente, já perderam toda a sua piada, se é que um dia a tiveram. Contudo, as coisas que nos acontecem têm muito mais valor se as guardarmos só para nós. Fazem muito mais sentido assim, e dão mais prazer em relembrar.
Que me dizes a eu não contar nada sobre o que se passou naquela noite, naquela rua? Perto daquele café, onde tínhamos por testemunha um casal que ao longe nos avistava? Não sabe, tão, bem melhor? Saber que quem está a ler tudo o que aqui profiro, não entende nada, não sabe do que falo, e está longe de imaginar?
É aqui que está o privilégio, o nosso privilégio.
Apenas tu e eu conhecemos o conceito de “ventura”, só tu e eu.
Será que é possível descrever por palavras tudo aquilo que conseguimos sentir? Eu gostava, a sério que gostava, dir-te-ia tudo de uma maneira tão clara e simplificada, nem que fosse para ver se coincidia.
Nunca pensei que sentir os teus lábios, sentir as tuas mãos fazerem pressão sobre o meu corpo, olhar para ti apenas, fosse assim tão bom. Passava os dias a pensar no que iria pensar quando te voltasse a ver, passado tanto tempo. E a verdade é que não consegui pensar, foi uma das poucas vezes da minha vida em que me senti atónita, senti tudo tremer, queria dizer uma coisa e saia outra completamente diferente.
Já não sei se é de mim, ou se é algo teu, se foi da longa ausência, ou da rápida e inesperada presença, só sei que por mim o tempo tinha parado, e aquela rua seria nossa o resto dos dias, aquela noite nunca mais passaria a dia, e aquela lua nunca mais se escondia.
Ficava tudo como estava, entendes? Não mudava nada ali, nem contigo nem comigo.
E actualmente, fecho os meus olhos para ver tudo aquilo que não posso ter.
Do you understand me?
Mas sinceramente, já perderam toda a sua piada, se é que um dia a tiveram. Contudo, as coisas que nos acontecem têm muito mais valor se as guardarmos só para nós. Fazem muito mais sentido assim, e dão mais prazer em relembrar.
Que me dizes a eu não contar nada sobre o que se passou naquela noite, naquela rua? Perto daquele café, onde tínhamos por testemunha um casal que ao longe nos avistava? Não sabe, tão, bem melhor? Saber que quem está a ler tudo o que aqui profiro, não entende nada, não sabe do que falo, e está longe de imaginar?
É aqui que está o privilégio, o nosso privilégio.
Apenas tu e eu conhecemos o conceito de “ventura”, só tu e eu.
Será que é possível descrever por palavras tudo aquilo que conseguimos sentir? Eu gostava, a sério que gostava, dir-te-ia tudo de uma maneira tão clara e simplificada, nem que fosse para ver se coincidia.
Nunca pensei que sentir os teus lábios, sentir as tuas mãos fazerem pressão sobre o meu corpo, olhar para ti apenas, fosse assim tão bom. Passava os dias a pensar no que iria pensar quando te voltasse a ver, passado tanto tempo. E a verdade é que não consegui pensar, foi uma das poucas vezes da minha vida em que me senti atónita, senti tudo tremer, queria dizer uma coisa e saia outra completamente diferente.
Já não sei se é de mim, ou se é algo teu, se foi da longa ausência, ou da rápida e inesperada presença, só sei que por mim o tempo tinha parado, e aquela rua seria nossa o resto dos dias, aquela noite nunca mais passaria a dia, e aquela lua nunca mais se escondia.
Ficava tudo como estava, entendes? Não mudava nada ali, nem contigo nem comigo.
E actualmente, fecho os meus olhos para ver tudo aquilo que não posso ter.
Do you understand me?
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