A aptidão de muitos serem o que são hoje, não provem
de outro meio se não o de quem os rodeia. A certeza de que um dia vamos todos partir
para um lugar preferível, não ronda apenas a cabeça de alguns, mas sim de
todos, a partir do momento em que se apresentam neste mundo, são pessoas.
Entram num jogo em que as regras são iguais para todos, e onde o objectivo é
apenas um, vencer, não olhando a meios para atingir os fins. Levamos a vida
inteira para no fim deixarmos tudo e irmos embora. Embora para umas férias que
a vida nos dá. A verdade é que falamos sem certezas, ninguém pode ter tal
firmeza, a menos que eu já não seja eu. Gostava que me pudesses ouvir, a
verdade, é que sinto saudades, de tudo. Das pequenas coisas, que me faziam tão
depressa feliz como triste, a mim e a ti. A facilidade que ambos tínhamos de
dar a volta às circunstâncias. Um jeito único, que JAMAIS, alguém poderá substituir.
Ainda não estou mentalizada, e acho que nunca hei de estar, porque a distância
é algo que não me mete medo… certeza tenho de que quando sentir saudades é só
dar uns pequenos passos. Mas contigo, torna-se difícil. Uma vontade de apertar,
abraçar, beijar, ouvir, falar, obedecer, corrói-me a alma. Olho em volta e não
vejo soluções, o que me deixa triste. Se havia de certo modo, alguma
circunstância por qual nunca tinha passado, pelo menos de maneira tão
salientada, esta é uma delas. Olha, se me estiveres a ouvir, um grande beijo
com saudades. Não te esqueças que já faltou mais, só tens de esperar um pouco.
No dia que li esta frase, foi o momento em que entendi tudo. Depois de toda a tempestade que passou por mim, senti finalmente que descansava sob uma cama de nuvens, cheia de conforto. Achava que era aquilo a recompensa por tudo o que já me tinha atormentado no passado e entreguei-me sem medo. Entreguei-me como quem está tão cansada que coloca as decisões nas mãos de outra pessoa e desfruta do caminho. Mas Deus tem sempre um plano maior para nós, mesmo quando não entendemos. Vivi os melhores dias da minha vida, as melhores semanas e os melhores meses. Amei, fui amada, cuidei, fui cuidada, abracei, fui abraçada, beijei, fui beijada. Depois veio a escuridão. Fui deixada como quem fecha uma janela num dia de sol. Assim, nessa rapidez. Os sonhos, os planos, toda a vida que sonhei, puxada debaixo dos meus pés de repente e sem qualquer hipótese de recuperação. Seguiram-se dias muito duros. Em que me questionei a mim própria, perguntei-me onde é que não fui suficiente, o...
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