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M de "Magia Negra"

A forma tão estúpida e antiquada de como te diriges a mim, dá-me vontade de rir na tua cara. Não te mancas? Devias ter um pouco mais de noção do ridículo. És triste, tanto quanto eu sou maravilhosa ao pé de ti. Nada daquilo que tu possas dizer faz sentido, mas certas atitudes dão-me vontade de te por fora de jogo, de uma vez por todas e da mesma forma, inconveniente, de que como entraste. Toda a tua fisionomia, o teu jeito de ser, a tua maneira de conjugar roupas, a forma do teu cabelo, é tudo tão caricato. És talvez das pessoas que mais odeio à face da terra, e acredita, estou a ser simpática. Tenho tantas razões para te odiar que conseguia fazer um livro, qualquer coisa como “ten things that I hate in you” com a diferença de que não eram assim tão poucas. Que te parece? Não é que goste de perder muito tempo com pessoas como tu, sem significância alguma, mas de certa forma dás-me gozo, dás-me muito gozo, adoro olhar para a tua cara e contar todas as imperfeições que te estabelecem, são tantas, que na maior parte das vezes faço-o para passar o tempo. Enriquece-me cada vez mais pensar na maneira como tu pensas. Achas-te tão superior que consegues ser mais inferior do que qualquer ser desprezível existente neste mundo, és tão mesquinha. Odeio gente como tu, gente repugnante sem qualquer outro tipo de adjectivo possível para classificar. A tua falsidade enquanto pessoa, o teu cinismo é algo que me ultrapassa, em toda a minha vida fui educada no meio de gente prudente, autêntica e bastante admirável, portanto, como podes ver, a tua natureza supera-me bruscamente. Como é que existe pessoas como tu? Como é que tu existes? Sempre quis fazer estas perguntas a alguém assim, tão baixo. Como é que os teus sentimentos, se é que os tens, não chegam para notar tudo aquilo que fazes de mal e para te sentires alguém culpado por isso. Pára para pensar, e sai da minha vida, não me causes mais sensações amargas, não exijas mais do que aquilo que podes ter, contenta-te com o teu todo, e não queiras roubar o meu suficiente.
Falando agora um pouco de tudo aquilo que dizes ter. O que é que tens? Eu, que te vejo com olhos de ver, diria nada. É por isso que queres tanto o que me pertence? Se é por isso, desiste, nunca o vais conseguir. A verdade é que já deitei muitas lágrimas devido a situações causadas pelos teus actos, mas se formos a pensar bem, é a única coisa que consegues arrancar de mim, as minhas lágrimas, que acabam por secar sozinhas. Aquilo que mais cobiças nunca será teu. Toda a atenção que requeres, todos os afectos que ambicionas ter, apenas ambicionas, não passam de mentiras. Ninguém gosta de ti realmente. Estou a ser má? Como posso estar a ser má, perante tudo aquilo que já tive de ouvir, sentir, viver e sobretudo sem ter armas para lutar… Deste-me tantos motivos para cair, fizeste-me tantas vezes perder todas as minhas forças, que hoje, elas voltaram mais fortes que nunca para que eu me sente no esplendor a ver a tua queda. Como vês, não te desejo o mal, ele acontece por si porque no fundo a justiça não se faz com as próprias mãos, a justiça faz-se sozinha, no momento certo, com as pessoas certas. As pessoas desleais nunca ganham mais do que aquelas que por tudo lutam, esperam e sofrem e tu não serias excepção.
Conforme podes ver, consigo arranjar todo o tipo de palavras para falar sobre ti, talvez porque nunca nos cansamos de falar das coisas ou pessoas que nos fazem ressentir coisas menos boas. E tu, és uma dessas pessoas ou uma dessas coisas, não te considero feita da mesma textura que eu, és alguém feito de malfazejo. Mais uma vez, insisto em dizer que já me estragaste muitos meses de vida, já provocaste muita tristeza, mas como em todas as histórias, o feitiço virar-se-á contra o feiticeiro e a tua “Magia Negra” deixará de fazer sentido, brevemente.
Independentemente de todas estas confusões que ao contrário do que muita gente pensa, não, não podiam ser evitadas eu até te consigo desejar sorte, sorte na tua carreira, sorte no teu futuro, sorte com o teu companheiro, a menos que tal como tentaste até agora, seja o mesmo que o meu, acho que já tens provas suficientes do que vale a força de uma mulher apaixonada, alias, tu és mulher, a diferença é que nunca te apaixonaste, nunca lutaste, nem tão depressa vais saber o que é gostar de alguém. Sem muito mais assunto, renito-me a dizer que nunca serás a pessoa que tanto queres ser, somos aquilo que somos e quanto a isso, minha amiga, não há nada a fazer. Se fores como eu, persistente e nunca perderes a esperança eu acredito que subas mais um degrau na longa escada da vida, mais que isso, duvido. Tens uma personalidade suficientemente baixa que é capaz de decapitar todas as tuas forças, contudo, não vales nada enquanto pessoa.


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