One minute without you, it's so weird...
Sinto a cara gelar-me e as minhas mãos estão
suficientemente geladas para perderem toda a força para suportar seja o que
for. As salas encontram-se praticamente vazias, está realmente muito frio lá
fora e poucos abdicam de uma cama quente para se lançarem à tempestade que
envolve Lisboa. Está tudo aparentemente calmo, no entanto ainda não consegui
entrar em contacto com ele. Talvez seja a minha falta de confiança que ainda
não me permitiu pegar no telemóvel para lhe dizer a maior banalidade de sempre,
ou talvez a dúvida de saber se iria obter resposta. Ganhei forças, até pegar no
telemóvel, marcar o número que mais vivo tenho na minha memória, e esperar por
ouvir a mais bela de todas as vozes, a que eu não trocaria por mais nenhuma.
Prestes a desistir e a desligar, ouviu-se o ruído do outro lado da linha. Quase
que pulei de contentamento, ouvir aquela voz deu um certo animo ao meu dia que
estava a ser calmo de mais, e por isso, doloroso a passar. Disse as palavras
que esperava ouvir, ainda assim, não obtive a realidade que queria, apesar de
mesmo antes da acção, saber que era uma tentativa falhada. Quase que aposto que
se fosse ao contrário iria querer o inverso. Porque é que somos tão
inconstantes? Uma estabilidade se faz favor...
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