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Adeus Inocência, Olá Torbulência!

Novas sensações com menos rodeios, novas maneiras de pensar, novas formas de expressar. Consegues sentir? De certo que nenhuma destas excede o limite (ou então ultrapassam por completo), mas sem dúvida que abusam bastante (até demais). Finalmente a liberdade apoderou-se de mim e deixou com que tudo aquilo que me dá prazer em fazer, viesse ao de cima. Já não era sem tempo. Já era tempo de sair do escuro e ver a luz do dia. Acabaram-se as falinhas mansas que a minha pessoa sempre insistiu em pronunciar, e a castidade, essa perdeu-se no tempo.
Agora sim, sinto-me pessoa no meio da multidão e vejo-te a ti, como nada. Melhor, não te vejo sequer, tornaste-te tão invisível aos meus olhos…
Mas para que não reste dúvidas, até me podes tentar, se quiseres, para ver se tudo o que digo é verdade ou não.
E digo-te que é tão verdade como tu estares a ler estas palavras neste preciso momento. Sinto-me tão feliz, que nem consigo explicar. Afinal, sempre aprendi alguma coisa contigo, realmente há quem goste mesmo de ser tratado “abaixo de cão”. Obrigado por fazeres com que me tornasse mais boa para mim, e um bocadinho menos piedosa para com os outros. Sempre foste tão bom nessa lição.
Como vez, nada foi uma perca de tempo.
Espero que estejas sempre a cem por cento, para que nunca desças do meu nível. 

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