Avançar para o conteúdo principal

Adeus Inocência, Olá Torbulência!

Novas sensações com menos rodeios, novas maneiras de pensar, novas formas de expressar. Consegues sentir? De certo que nenhuma destas excede o limite (ou então ultrapassam por completo), mas sem dúvida que abusam bastante (até demais). Finalmente a liberdade apoderou-se de mim e deixou com que tudo aquilo que me dá prazer em fazer, viesse ao de cima. Já não era sem tempo. Já era tempo de sair do escuro e ver a luz do dia. Acabaram-se as falinhas mansas que a minha pessoa sempre insistiu em pronunciar, e a castidade, essa perdeu-se no tempo.
Agora sim, sinto-me pessoa no meio da multidão e vejo-te a ti, como nada. Melhor, não te vejo sequer, tornaste-te tão invisível aos meus olhos…
Mas para que não reste dúvidas, até me podes tentar, se quiseres, para ver se tudo o que digo é verdade ou não.
E digo-te que é tão verdade como tu estares a ler estas palavras neste preciso momento. Sinto-me tão feliz, que nem consigo explicar. Afinal, sempre aprendi alguma coisa contigo, realmente há quem goste mesmo de ser tratado “abaixo de cão”. Obrigado por fazeres com que me tornasse mais boa para mim, e um bocadinho menos piedosa para com os outros. Sempre foste tão bom nessa lição.
Como vez, nada foi uma perca de tempo.
Espero que estejas sempre a cem por cento, para que nunca desças do meu nível. 

Comentários

Mensagens populares deste blogue

"Depois do medo, vem o mundo"

No dia que li esta frase, foi o momento em que entendi tudo.  Depois de toda a tempestade que passou por mim, senti finalmente que descansava sob uma cama de nuvens, cheia de conforto. Achava que era aquilo a recompensa por tudo o que já me tinha atormentado no passado e entreguei-me sem medo. Entreguei-me como quem está tão cansada que coloca as decisões nas mãos de outra pessoa e desfruta do caminho.  Mas Deus tem sempre um plano maior para nós, mesmo quando não entendemos.  Vivi os melhores dias da minha vida, as melhores semanas e os melhores meses. Amei, fui amada, cuidei, fui cuidada, abracei, fui abraçada, beijei, fui beijada. Depois veio a escuridão. Fui deixada como quem fecha uma janela num dia de sol. Assim, nessa rapidez. Os sonhos, os planos, toda a vida que sonhei, puxada debaixo dos meus pés de repente e sem qualquer hipótese de recuperação.  Seguiram-se dias muito duros. Em que me questionei a mim própria, perguntei-me onde é que não fui suficiente, o...

O amor que eu merecia

Há seis meses conheci a pessoa que me mudou. Seria cliché chamá-lo de amor da minha vida, uma vez que ainda estamos a menos de meio do fim da nossa vida, e só podemos tirar elações no final da história. A vida surpreende-nos, sempre. Normalmente, quando menos esperamos. Sendo eu uma pessoa de vivências, é curioso conseguir distinguir os sentimentos que guardo dentro do peito. Ao longo da vida temos alguns amores. O da adolescência, que nos faz acreditar que tudo é um conto de fadas, mas mais tarde ou mais cedo nos quebra. O da vida adulta, que julgamos eterno e melhor ou pior, é o que temos. Mas depois existe isto. Que ainda não sei bem definir. Acho que lhe vou chamar o amor que eu merecia. Este amor traz com ele a paz. Traz a paz de um final de tarde de domingo aconchegados no sofá embrenhados na felicidade da presença um do outro, sem que seja preciso mais que isso. Traz a energia de acordar cedo numa manhã de sol, com o entusiasmo de uma criança radiante por ir brincar no p...

Olá Pai

Há algum tempo alguém me disse que devia escrever-te. Não tive vontade e a ideia deixou-me revoltada. Ainda não sei se irás ser conhecedor destas palavras, mas agora tenho vontade e necessidade de as dizer. Há muita coisa que não sabes. A primeira, é que quando estamos dentro da bolha não conseguimos enxergar para fora dela, achamos que só existe aquele mundo, que é tudo imaculado e que fora dele é o desespero e que ficamos sem chão. Pois então vou dar-te uma novidade que talvez não saibas: eu desesperei e perdi o chão. Porque tal como tu, só conhecia o mundo dentro dessa pequena e apertada cúpula, onde tu vives e eu acredito que sempre viverás. Sempre vivi sob um céu estrelado que achei que me iria iluminar a vida inteira, que nunca me deixaria perder o rumo, e a verdade é que continuo a viver. Tenho muito de ti, mas sou uma versão muito mais melhorada. Tu, não saberias levantar-te do caos, e eu não só me levantei, como voltei a subir. Sabes porquê? Porque sempre me recusei a ficar al...