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Fazer o que não devo para ouvir o que não gosto? É algo que ponho completamente de parte. Acabaram-se as choradinhas que apenas me ajudaram a desafogar, não valendo de qualquer outra forma, e tu que o digas. Acabaram-se os “pedidos de amizade” que não defrontaram qualquer outra coisa se não, o teu desrespeito perante mim. As formas amigáveis e encorajadas de falar para ti, já terminaram. Ganhei um pouco mais de amor-próprio, e deixei de te incluir no meu quotidiano, deixei de usar o termo "sempre" porque não passa de uma palavra abstracta na vida das letras, quanto mais na vida das pessoas. Opto neste momento pelo "não sei". A tua falta de carácter fez com que todo o carinho que sentia por ti se perdesse. E encontrá-lo? Olha... eu já não sei. Realmente, há coisas inexplicáveis, efectivamente há coisas que por muito que queiramos transmitir, a nossa capacidade por muito elevada que seja, não atinge! E o que se está a passar aqui, connosco, é um facto. Não vou perder mais tempo. Já perdi de mais, e não me valeu de nada. Resultados? Muitos. Todos negativos. Mas o grau de fracasso em relação à resolução de certos problemas, diminuiu de uma escala de zero a cem. Daí, de certa forma, ter valido a pena, como eu sempre disse, “nothing is in vain”.
Agora… se queres que te diga, não me importa nada. Se gosto de ti? Sim. Mas não estejas a espera que o mencione muitas mais vezes. A base de uma relação para além da confiança é também o respeito, visto que ambas não estão presentes, o resto vai atrás. Para contar a história, ficam apenas as memórias, e eu. E isso, o que significa para ti? Não preciso de dizer, actos falam por si. Por muito estranho que seja, perdi todas as minhas vontades, por completo. Já não me importa o que dizes, o que fazes, ou com quem o fazes, percebes? Algo deixou de fazer sentido, e agora, é como se algo em mim, relacionado contigo, morresse. Sabes o que te digo? Nada. Sabes o que te desejo? Sorte. Pois capacidades, estás, enfim, a perdê-las.

“Não te esqueças que estamos mal… Falta um passo”


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