Entras-te naquele meio de transporte, aquele que te
era útil quase sempre que precisavas de ir a algum lugar, que as tuas forças já
não pudessem alcançar sozinhas… Para ti, não seria nada mais, nada menos, do
que a tua última viagem. Enquanto que para mim, a primeira de muitas…
Estava tudo como se queria, um agradável dia de sol, lá fora quase que se conseguiam ouvir os pássaros a cantar de felicidade, era um dia normal mas a pingar para o melhor possível.
Assim que chegaste, usufruis-te de tudo como se em tua posse girasse o mundo. Nem sequer olhas-te para a janela, nem quiseste ver de que cor estava o dia lá fora, e isso, já não sei se foi bom ou mau… Gozas-te a boleia até à última e quando te deixou de servir, sais-te na paragem que mais te pareceu apropriada. Bem lá no fundo, no último lugar daquele longo autocarro, estava eu. A olhar bem para ti, a contar para mim todos os teus traços e tentar perceber como se cobriram por expressões insignificativas, assim… tão rápido. Já do outro lado da janela estavas tu, mas desta vez, sem olhares para trás. Seguias no teu passeio, ias andando com a tua música, com a tua maneira de andar e com a tua expressão, aquela só tua… Provavelmente já nem te lembravas daquilo que ficou para lá da tal janela, e agora só querias saber das cores que compunham o dia, e puseste-me no lado mais cinzento da tua vista. Não quero de maneira nenhuma que te desculpes por isso, afinal tu só segues a tua cabeça, esqueces-te é de que o certo, é o que vai no coração.
Quando te perdi de vista, restou-me apenas recordar aquele tempo em que ias sentado naquele “ónibus” e eu te via de longe… Confesso que senti saudades, e o mais ridículo é que ainda sinto… Eu vou deixar de escrever sobre coisas más, porque afinal, não estamos assim tão mal. Pois não? Claro que não, estamos juntos. Embora não da maneira que eu queria, estamos juntos. Já ouvi tu dizeres, não há muito tempo: “És o meu amor”. E nem sequer sentis-te metade daquilo que disseste… Eu vi nos teus olhos e consegui ler nos teus lábios. Não quero viver mais nesta mentira, não quero ser mais usada e não quero continuar a fingir que estamos bem, quando no fundo apenas “estamos”.
Se depender de mim, foi a tua última viagem.
Estava tudo como se queria, um agradável dia de sol, lá fora quase que se conseguiam ouvir os pássaros a cantar de felicidade, era um dia normal mas a pingar para o melhor possível.
Assim que chegaste, usufruis-te de tudo como se em tua posse girasse o mundo. Nem sequer olhas-te para a janela, nem quiseste ver de que cor estava o dia lá fora, e isso, já não sei se foi bom ou mau… Gozas-te a boleia até à última e quando te deixou de servir, sais-te na paragem que mais te pareceu apropriada. Bem lá no fundo, no último lugar daquele longo autocarro, estava eu. A olhar bem para ti, a contar para mim todos os teus traços e tentar perceber como se cobriram por expressões insignificativas, assim… tão rápido. Já do outro lado da janela estavas tu, mas desta vez, sem olhares para trás. Seguias no teu passeio, ias andando com a tua música, com a tua maneira de andar e com a tua expressão, aquela só tua… Provavelmente já nem te lembravas daquilo que ficou para lá da tal janela, e agora só querias saber das cores que compunham o dia, e puseste-me no lado mais cinzento da tua vista. Não quero de maneira nenhuma que te desculpes por isso, afinal tu só segues a tua cabeça, esqueces-te é de que o certo, é o que vai no coração.
Quando te perdi de vista, restou-me apenas recordar aquele tempo em que ias sentado naquele “ónibus” e eu te via de longe… Confesso que senti saudades, e o mais ridículo é que ainda sinto… Eu vou deixar de escrever sobre coisas más, porque afinal, não estamos assim tão mal. Pois não? Claro que não, estamos juntos. Embora não da maneira que eu queria, estamos juntos. Já ouvi tu dizeres, não há muito tempo: “És o meu amor”. E nem sequer sentis-te metade daquilo que disseste… Eu vi nos teus olhos e consegui ler nos teus lábios. Não quero viver mais nesta mentira, não quero ser mais usada e não quero continuar a fingir que estamos bem, quando no fundo apenas “estamos”.
Se depender de mim, foi a tua última viagem.
Comentários
Enviar um comentário