Nunca esperaste tu, ser o mundo para alguém. Nem
fazias, e ainda não fazes, uma pequena ideia do que é sentir amor. Se fizesses,
não estaríamos assim. Gostava que tivesses só uma pequena noção, que entrasses
só por cinco minutos no meu mundo, para veres o que é sentir dor. Para sentires
na pele o que é ver um amor a escapar-nos das mãos, ver um sonho, ou uma
realidade maravilhosa, chegar ao fim e tu, única e exclusivamente podes ver…
Ver e sentir. Tínhamos tudo, éramos tudo juntos. Ao longo de todo o tempo,
conseguimos construir coisas, que nem eu sei dar um nome, eram coisas boas,
coisas únicas e que por muito que eu as procure junto de outra pessoa, eu
jamais vou encontrar. Todas as horas, os minutos, os segundos, que mais
pareciam eternidades, era como se, quando estivesse contigo o mundo parasse só
para me ver sorrir. Apetecia-me gritar ao mundo que te amo (ainda te amo)
Dediquei-me tanto a ti, sem me aperceber. Nem eu própria tinha noção do que
realmente era gostar de alguém, e agora, olho para mim e estou sem ti. Mas
ainda não consigo perceber bem este facto. Olho para nós, e só me lembro das
coisas boas que passamos, é nesses momentos que me pergunto se vale a pena.
Vale a pena continuar assim? Não vale. Preciso muito de ti, agora mais que
nunca. Em todas as fases más da minha vida, eu sempre soube a quem recorrer,
sempre soube quem me ia ouvir, e agora tenho medo. Tenho medo de ir para ti,
tenho medo de abusar, pois os meus direitos acabaram. Já não posso fazer como
de antes, já não te posso beijar, não te consigo olhar sem sentir arrepios, e
para te abraçar, tenho de pedir autorização, e tu, não me a das. Porque? Como?
Porque é que insistes? Como é que tens essa força? De onde é que vem tanta
força para me conseguir parar. Já não sentes nada? Acho que já nem ódio sentes.
E para mim, continuas tão presente, tão meu, tão meu, tão só meu. Que dói, só
de olhar para ti, saber que já te pude tocar, e hoje, já me cobras pelo olhar.
Queria tanto poder dizer tudo, e no final ouvir o que precisava e o que queria,
queria tanto.
Gosto de ti, mais do que a mim própria (…) Não andes mais.
Gosto de ti, mais do que a mim própria (…) Não andes mais.
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